Uma pequena Rosa
De costas
E asas abertas
Passava
Caiu sobre a palma
Escura
E suja
Caiu no mundo
Vermelha Rosa
Dengosa
Sobre a cama
Repousou
De nome Rosa
Minha pequena
Perdeu-se pela janela
Aberta à vida
Rosa
A joaninha, Rosa
Amada
Avoada
Prestou a alma vazia
Alguns minutos de companhia
Se fez ouvinte de um silêncio
Que jamais se via
Atravessando o tédio
Pegado a noite, desesperançosa
Acalentou alguns minutos
Zumbindo no ar, tentando voar em frente ao ventilador
Nos alcança
Inconstante
Que vem e vai
Mas que satisfaz
Num voo risonho
Se lança
À noite vazia
A vida de uma eterna criança
Deixando sobre meus lençóis
Apenas lembrança
Rosa
Amada
Deixo esquecer que te amo
Rosa
Deixo a tormenta
De lhe atormentar
Deixo o mundo esquecer de mim
Deixo esquecer
Pois o mundo é ruim
Tentando me deixar louco
Deixei-me padecer
Mesmo eu que não sou de me prender
Perdi
Perdi-me por ti
Sentei-me a janela
Pela manhã, esqueci
Que por ela te vi partir
Minha companhia
Joaninha Rosa.
Por Vitor C. Ramos
* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigado ! *
0 comentários:
Postar um comentário