30 de nov. de 2012

Nós


E volta
Em chave
Em clave
Aperta
Abre e irrompe
A porta interrompe
O eco inconstante
De tudo que se perdeu

O mundo
Inteiro escondido
Elo perdido
A mente
O mundo inteiro
Da gente
O todo
Teu corpo

A volta
De teu pescoço
Teu rosto
Todo o corpo
Nu
Feito o começo de nós
O mundo
Inexiste
A sós

Por Vitor C. Ramos

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Gasto


Enquanto olhava
Para aquelas tantas janelas
De cerrados
De mal tratados
De maltrapilhos e maus filhos

Enquanto tuas pedras
Sobre meus vitrais
As belas vitrines aos olhos de mais
Sentei e apreciei a paisagem
A paz

Um belo uivar
Ao pranto
O verde manto sob o luar
Ouço de longe gritar

A verdade grava
Por fora
A velha tinta de outrora
Ousada, usada
A madeira destruída se faz moldada

As batidas
Ecoam
Entre quatro paredes
De nobre cobre, verde suado
Gasto e engasto

Todas as juntas
Metais derretidos
Refundidos
Fodidos
Corroídos
Corrosivos

De nada mais é
Teu contrapé
Nada se ouve,
Nada mais
Ao caos levará

Por Vitor C. Ramos

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13 de nov. de 2012

A ver

Sentado
A beira do tempo
Te vendo

Em seus soltos anéis
Correndo ao chão
Simples
Em vão

Ouvi um belo
E faceiro sussurrar
Dos fatos
Sorteados

Acertados
Enganados
Assombrando
Cada troca de pé

A ver
Se vendo
Vendendo
Se vendendo

A ver
Não havia nada que ver
Nada a ver
A completa falta de sentido

Sentido
Sentindo
Aquele aperto
De te perder

A dor da perda
Perder
Causo do doer
Perdi-me

Perdi
Pedi
                                       Implorei!
Pra você ficar

A perdi!

Por Vitor C. Ramos

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