31 de mai. de 2013

Maio Acabou

































Maio Acabou

Maio
Bem em sexta
Fecha o horizonte
Um raio

Maio
Maduro Maio
Não faça assim
Sem ensaio

Maio
Acaba
Tão logo desaba
Tudo em festa

Maio
Meio teu sorriso
Meio, o umbigo
Maio meu amigo

Maio
É compridas mangas
O frio
E o calor

Maio
Volta!
Recomeça o furor
O amor

Maio
Que se encerrou
Desabrochou
E sexta, murchou

Maio
Maduro Maio
Pintando sem cor
O Sol pousou

Maio
Foi enquanto
A flor
Encantou

Maio amei
Fiquei as voltas, a flor
Vivi teu furor
Maio acabou

Por Vitor C. Ramos

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24 de mai. de 2013

Parapeito

Sobre os pormenores do tempo
Lhes faço escravos do vento
Ponho sob o parapeito
Suspeito precipício

Entregando areia
O tempo devaneia
Vagueando entre os girassóis
Discorrendo sobre a rotina

Todas as estações
Sois só
Todos atrás da cortina
Todos, nós

Caia o tempo
Deixavam-se ao relento
Esperando o começo
Ventar

                                Passou milênio
                                Passou você
                                Eu
                                Passei

Passou o tempo
A ressaca
O parapeito hoje é rodapé
O vento virou maré

Por Vitor C. Ramos

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10 de mai. de 2013

Sobre Damas e Reis

Reinava
A graça
A raiva
Cheia
O puro suor em sangue

Chamando bela
A fera
Desgostosamente, riria
A sua infâmia
Beirando a incompetência

Reinava
A paz
A raiva
Vazia
A dor inflamada

O peito ardia
Os olhos secaram
Minhas mãos esgueiraram-se
Entrelaçaram-se as suas
Esqueço-me, tanta era a anarquia

Reinava
O amor
A raiva
Afasia
Acabei por nada saber

Padecendo
Sob azul manto
Ofuscou-me
O lado escuro de tua vista
O lado puro que via

Reinou
Por pouco durou
Vingou-se o tempo
A tempo
Todo perjúrio a se porvir

Acabou-se em chama
Queimou ainda em seu leito
Por puro veneno
Puro desapego
Ali morreu o amor

O Rei de nada
Vingou
A dama de quatro
Reinou
O pouco que durou

Por Vitor C. Ramos

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6 de mai. de 2013

Vício

Provocou
Me torceu o pescoço
A ver o céu
As curvas sob o lençol
Aos montes

Fez de mim refém
Me deixando no enrosco
O vício dos olhares
Me tentando
Me roubando

Invadindo meu elísio
Me forçando
Ao prazer do céu
O prazer no gosto
O precipício

Me embebia
Em beijos
Teu gosto
Teu rosto
Me tentando

Em medidas doses
De querer
Teu prazer
O teu gosto
Teu corpo exposto

Por Vitor C. Ramos

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5 de mai. de 2013

Éter

Ourava
Teus sabores
A saudade, o gosto de mar
O bulício matinal
As Tirivas berrando no varal
Calando-se pra ver
Despertar

Me corria aos olhos
Quando fugia
Detrás dos pilares tombados
Sob abóbada celestial
Deixava-me de olhos a sombra
O vazio ao lado
Cercado

Me deixou pra depois
Ao Sol se por, pois,
Eis o tempo tormento
Espiavam
Pássaros amaldiçoados
Esperando cair a tentação
Velado

O rosado
Afiado
O profundo abismo de teus olhos
Um banho levado
A noite, clara, silenciou
O mundo se fez ouvinte ao sereno
Ao doce desejo

Por Vitor C. Ramos

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