29 de jan. de 2014

Se foi...

quando era,
já foi!

se perdeu,
e ninguém viu.

se viu,
afundou!

enquanto esperava,
rumando ao mar...

Naufragou,
empacou,
afundou,
encharcou,
padeceu,
sumiu!

Se foi!

Ninguém viu.

Por Vitor C. Ramos

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Olimpo

Sentado em frente ao Paraíso
Senti um desejo incoerente, arrebatador
O sopro salgado do mar
Teu vulto molhado
Emergindo pelo olhar

O vento uivava
Cantando ao ar
Soprando teu cheiro
Doce perfume
Abafando a nuvem negra de pesar

Caminhava serena, como se o tempo
Jamais fosse acabar
Como se cada segundo fosse um gota do mar
Como se o ponteiro, a esperasse respirar

Aproximava-se
Esvaziou meu olhar
Meu orgulho
Me fez respirar
Enquanto Hades punha-se a chorar

Era tanto seu encanto
Que a Lua
De inveja encheu o mar
E o Sol se pôs em outro lugar
Enquanto o mundo rugia ao passar

Tamanha graça
Nem Afrodite
Deusa do amor, da beleza e da sexualidade
Ousou contestar

Aproximando-se dos pés do Olimpo
Fê-lo deturpar
Causou furor
Fê-lo ruir

Olimpo veio abaixo
Tamanho era o poder do teu olhar

Por Vitor C. Ramos

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28 de jan. de 2014

Destempo

Garoto
Meio adulto
(jovem astuto)
Cansou
Sentou em meio a toda aquela balburdia
esperando...

Um tanto de tempo passou
Tempo que a vida não espera
Um tanto que seca
O olhar
Também secou o mar

Perdeu-se o tempo
A mocidade
A indecente inocência
Cansou
O doce olhar
Amargou

Uma lágrima
Fermentando ao Sol
Engasgando o sal
Tanto salgou
Secou
Se perdeu pelas entranhas

E de meio
Logo veio todo
Ao próprio fim
Destempo do seu próprio tempo


Por Vitor C. Ramos

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