Sentado em frente ao Paraíso
Senti um desejo incoerente, arrebatador
O sopro salgado do mar
Teu vulto molhado
Emergindo pelo olhar
O vento uivava
Cantando ao ar
Soprando teu cheiro
Doce perfume
Abafando a nuvem negra de pesar
Caminhava serena, como se o tempo
Jamais fosse acabar
Como se cada segundo fosse um gota do mar
Como se o ponteiro, a esperasse respirar
Aproximava-se
Esvaziou meu olhar
Meu orgulho
Me fez respirar
Enquanto Hades punha-se a chorar
Era tanto seu encanto
Que a Lua
De inveja encheu o mar
E o Sol se pôs em outro lugar
Enquanto o mundo rugia ao passar
Tamanha graça
Nem Afrodite
Deusa do amor, da beleza e da sexualidade
Ousou contestar
Aproximando-se dos pés do Olimpo
Fê-lo deturpar
Causou furor
Fê-lo ruir
Olimpo veio abaixo
Tamanho era o poder do teu olhar
Por Vitor C. Ramos
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