12 de jun. de 2018

Assedia

Deixa a tarde morrer na ladeira de teu quintal
O vento soprar os lençóis no varal
O tempo virar em temporal

Matar as horas
Entre suspiros
Pelas curvas de teu corpo

Desejo a saudade de manhã
Querer voltar
Arder em teu fogo

Meu peito febril
Ferve em desejo estio
Aventurar-se em tuas clareiras

Sentir outra vez teu gosto
Tua pele em meu corpo
Sentir teu cheiro e cair bobo

Teu perfume a me atormentar
Não sai do meu colchão
Assediando meu coração

Desejo teu riso frouxo
Tua boca
Tê-la toda em minhas mãos

Por Vitor C. Ramos
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1º de Maio

Maio chega em descaso
Os dias passam
A poeira baixa
A memória já escassa

Abril meu peito fechado
A falta que fez
Mudou de mês
Mudança que me refez

A cada dia que passo
Mais deixo esse espaço
Cheio outra vez
Espaço que transborda de mim

Aqui me refaço
Esse é meu atelier
Onde faço a mim mesmo
No meu passo, ao meu tato

E de tanto Abril
Deixei de ser meio
Nesse Maio que me refaço
Pra viver inteiro

Por Vitor C. Ramos
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10 de jun. de 2018

Lar

Busco por passos leves
Que caminhem com paixão
E não mais façam ranger
As tábuas do meu chão

Nesta casa
Inacabada
De assoalho gasto
E frestas no telhado

Pode parecer errada
Mas da cama vemos o céu estrelado
Pelas frestas o Sol ilumina e aquece
Quando menos esperado

Minha casa é humilde
Mas bem frequentada
Não tem faqueiro de ouro ou prata
Mas muito amor já logo na calçada

Se quiser visitar
Espero um abraço apertado e boas risadas
Caso queira ficar
Saiba que será sempre amada

Por Vitor C. Ramos
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