Reinava
A graça
A raiva
Cheia
O puro suor em sangue
Chamando bela
A fera
Desgostosamente, riria
A sua infâmia
Beirando a incompetência
Reinava
A paz
A raiva
Vazia
A dor inflamada
O peito ardia
Os olhos secaram
Minhas mãos esgueiraram-se
Entrelaçaram-se as suas
Esqueço-me, tanta era a anarquia
Reinava
O amor
A raiva
Afasia
Acabei por nada saber
Padecendo
Sob azul manto
Ofuscou-me
O lado escuro de tua vista
O lado puro que via
Reinou
Por pouco durou
Vingou-se o tempo
A tempo
Todo perjúrio a se porvir
Acabou-se em chama
Queimou ainda em seu leito
Por puro veneno
Puro desapego
Ali morreu o amor
O Rei de nada
Vingou
A dama de quatro
Reinou
O pouco que durou
Por Vitor C. Ramos
* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigado ! *
0 comentários:
Postar um comentário