5 de mai. de 2013

Éter

Ourava
Teus sabores
A saudade, o gosto de mar
O bulício matinal
As Tirivas berrando no varal
Calando-se pra ver
Despertar

Me corria aos olhos
Quando fugia
Detrás dos pilares tombados
Sob abóbada celestial
Deixava-me de olhos a sombra
O vazio ao lado
Cercado

Me deixou pra depois
Ao Sol se por, pois,
Eis o tempo tormento
Espiavam
Pássaros amaldiçoados
Esperando cair a tentação
Velado

O rosado
Afiado
O profundo abismo de teus olhos
Um banho levado
A noite, clara, silenciou
O mundo se fez ouvinte ao sereno
Ao doce desejo

Por Vitor C. Ramos

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigado ! *

0 comentários:

Postar um comentário