30 de nov. de 2012

Gasto


Enquanto olhava
Para aquelas tantas janelas
De cerrados
De mal tratados
De maltrapilhos e maus filhos

Enquanto tuas pedras
Sobre meus vitrais
As belas vitrines aos olhos de mais
Sentei e apreciei a paisagem
A paz

Um belo uivar
Ao pranto
O verde manto sob o luar
Ouço de longe gritar

A verdade grava
Por fora
A velha tinta de outrora
Ousada, usada
A madeira destruída se faz moldada

As batidas
Ecoam
Entre quatro paredes
De nobre cobre, verde suado
Gasto e engasto

Todas as juntas
Metais derretidos
Refundidos
Fodidos
Corroídos
Corrosivos

De nada mais é
Teu contrapé
Nada se ouve,
Nada mais
Ao caos levará

Por Vitor C. Ramos

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigado ! *


0 comentários:

Postar um comentário