10 de mar. de 2013

Belladona

São os ventos de março
Cortando, as partes, nosso verão
Mitigando algo de tesão
Escondido sobre tuas obscenas peças
Algo sobre as veras do sonho
Um rombo
O roubo

As cenas
Me passam com penar
Se encerrando assim
Sutilmente sob o, cadente, verde cetim
A esconder tua pele
Da altiva Lua a te caçar

Interrompeu-se por tua insensatez
Belladona
Tua sensibilidade mórbida
Alucinando qualquer lúcido, lúdico e apaixonado homem
Caídos ao doce sabor de teus encantos
Mortos, os que veemente desejam te ter um instante

Caímo-nos
Eis que por fim se perderam
Os sentimentos vêm e vão
Sutilmente, em vão
Se vão
Até aos mais certos de paixão

Por Vitor C. Ramos

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