22 de set. de 2012

Obra

Diria que
A obra
Não chamaria de heróica

A obra que vejo
E lhe escrevo
Seria definitiva
Bela
A majestade dos versos
De seus avessos
Tensos
Extensos

Diria,
A voz que ecoa,
Sobre minha nau
Frígida

Nem espera
Aquecer a luz
Luzia
A lâmina contra toda esfera
A mente aturdida
Sacudia
Sobre o mais belo manto

Cobrindo-a toda
Teu sangue
Misturava-se
Pútrido e límpido
A água
De minhas lágrimas

Cessando o pranto
De pronto
Encontro
Os olhos ao fundo da página
E ponto

Um ponto a morte
Pro espanto
A obra se encerra
Bela
Inteira
Inacabada
Inacabável

Por Vitor C. Ramos

*  Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigado ! *

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