7 de out. de 2011

Sentirei saudade

Sentirei saudade
Dos dias de sol
Das voltas pelo varal
Da sua paciência
Com minha adolescência
Desculpa

Sentirei saudade
Do seu cheiro, fedido
Me chamando para um banho de mangueira
Do seu pote encardido
Seu sorriso
Quando te dei o que beber
Depois de um dia quente de verão

Saudade
Da saudade
Que você sentia quando eu sumia
Pulando na minha janela pra ver se me encontrava
Por uma fresta
Dormiu ali, deitada na beira de meu quarto

Saudade da companhia
Calma
Amor de verdade
De anos
De lambidas na cara
Sentirei saudade

Por Vitor C. Ramos

Dedicado à Tíbia, minha cachorra que teve de ser sacrificada hoje 07/10/2011
Deixo também por aqui, meu adeus, ao melhor cachorro do mundo

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigado ! *

1 comentários:

Ana Ramos disse...

Quando li esta poesia passou um filme em minha mente.
Relembrei você correndo pelo quintal com ela, amarrando faixa na cabeça dela no dia do jogo do Brasil, entre tantas outras coisas.Perder é difícil, mas quando temos saudades é porque tudo valeu a pena.
Ela sempre ficará em nossos corações.
Sinta-se abraçado e saiba que só sentimos saudades doq ue valeu a pena! Fomos muito felizes com ela e isso nunca morrerá!

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